E Jesus está chamando Sua noiva de volta ao propósito original:abrir a porta, não vendê-la.

Devocional Diário do Planeta Cristão

Tema: O Evangelho que Esqueceu os Pobres
Frase: “Quando a igreja vende o acesso, ela fecha a porta que Jesus abriu na cruz.”

As Cruzadas: o pecado do luxo religioso

As Cruzadas não foram um passeio santo.
Foram guerras travadas em nome de Deus, mas abastecidas por ambição, poder e dinheiro. A Igreja daquela época:

cobrava taxas absurdas,

vendia indulgências,

enriquecia com a culpa das pessoas,

dizia que quem pagasse tinha um pedaço garantido no céu.

Era religião com boleto e salvação parcelada.

Resultado?
Um sistema milionário, sustentado pela fé do povo simples, enquanto líderes viviam como reis. Era poder travestido de espiritualidade.

Agora respira e olha em volta.

O que mudou?
Quase nada.

Só trocaram a espada pela máquina de cartão.

Hoje, o espírito das Cruzadas voltou

Ninguém fala isso em público, mas tá escancarado:

Cachês para pregar,

Eventos que custam o que uma família não tem pra comer,

Camarote gospel,

“Área VIP” pra ver cantor cristão,

E, pra completar, cantinas dentro da igreja.

A cantina virou um divisor de classes.
A pessoa chega ferida, cansada, sem grana, querendo um abraço.
Aí, no final do culto, vê todo mundo rindo, comendo, comprando, participando —
e ela?
Sentada no canto, com fome e vergonha.

No mundo ela já é ignorada.
Na igreja, ela deveria ser acolhida.

Mas hoje, quem não tem dinheiro não participa da confraternização, não vai no congresso, não tem a camiseta, não entra na caravana, não come na cantina.

E ninguém percebe o absurdo disso.

A igreja não está matando a fome.
Tá vendendo lanche.

No início da fé cristã, a igreja fazia o contrário:

vendia suas posses,

repartia tudo,

ninguém passava necessidade.

Hoje se vende tudo, e quem não pode pagar vira invisível no meio do culto.

Fechamento de Ciclo

Deus está chamando a Sua Igreja pra fechar um ciclo vergonhoso:

o ciclo da fé monetizada.

Não dá mais pra viver um Evangelho onde o reino cresce, mas o pobre encolhe; onde o altar sobe, mas o órfão desce; onde o louvor ecoa, mas o necessitado cala.

A cruz não é um palco para negócios.
É a mesa onde todos deveriam caber.

O ciclo das Cruzadas precisa morrer.

Porque Jesus não pediu ouro.
Ele pediu amor.

E amor não cobra ingresso.

Perfeito. Vamos selar isso com Bíblia na veia.

Versículos que detonam a hipocrisia religiosa

Tiago 1:27

> “A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades.”

Ou seja: se não tem cuidado com quem sofre, não é religião — é comércio.

Atos 2:44-45

> “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e repartiam o produto entre todos, conforme a necessidade de cada um.”

A primeira igreja não tinha cantina, tinha partilha.
Provérbios 22:16

“Quem explora o pobre para enriquecer ou favorece o rico certamente passará necessidade.”

A Bíblia nunca romantizou rico religioso explorando pobre.

Mateus 21:12

> “Jesus entrou no templo e expulsou os que vendiam e compravam, derrubou as mesas…”

Jesus não tolerou comércio no templo.
Hoje, se Ele entrar em algumas igrejas, vai faltar mesa pra virar.

Isaías 1:23

“Não defendem o direito dos órfãos, e a causa da viúva não chega diante deles.”

Era problema lá atrás. Continua sendo hoje.

A Igreja precisa lembrar pra quê nasceu:

Não nasceu para enriquecer líderes,
não nasceu para criar celebridades gospel,
não nasceu para fazer festa pra quem pode pagar.

Nasceu para levantar o caído.

Se o pobre não se sente em casa na Igreja,
não é a igreja de Cristo — é só um prédio com boa acústica.

O ciclo das Cruzadas está se repetindo:
naquela época, vendia-se perdão.
Hoje, vende-se pertencimento.

E Jesus está chamando Sua noiva de volta ao propósito original:
abrir a porta, não vendê-la.

“Quando a igreja vende o que Jesus deu de graça, ela deixa de ser refúgio e vira comércio.”